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Mostrando postagens de 2015

Turn this house into a home...

Dia 23 de junho de 2002, minha família saiu da nossa casa no Feitosa, onde morei os primeiros dezoito-quase-dezenove anos da minha vida. Seu Lula tinha o sonho de morar de frente para o mar. Quando ele juntou uma quantidade considerável de dinheiro e se aproximava o início da aposentadoria da UFAL, ele nos levou tod@s para visitar obras de prédios. Nunca externei isso antes, mas eu não gostei nada da ideia. Estava em uma época de transição - deixando o pesadelo que foi a vida escolar pra trás e começando um processo de renovação psicológica para iniciar a faculdade como um novo cara -, e precisava de um porto seguro pro caso de tudo desmoronar. Como, infelizmente, eu não sentia minha família como este porto seguro, só me sobrou a casa, no conjunto onde eu amava habitar. Mas não havia modo de eu dizer nada disso em voz alta (e continuo sem dizer, estou A ESCREVER pela primeira vez), deixei rolar. Acho que não faria diferença alguma dizer que não queria me mudar, de qualquer maneira. ...

Up on the roof?

Uma dessas perguntas estranhas, para a qual a geral parece nunca ter certeza do que responder, é "qual o seu lugar favorito de sua casa?". A maioria de nós tem uma relação quase espiritual com sua casa, com seu lugar físico no mundo, fica parecendo que este tipo de pergunta é como se pedisse pra escolher um filho - claro, guardadas as devidas proporções. É fácil esquecer que uma casa (em geral) são vários compartimentos diferentes formando um conjunto que se espera ser coeso. Aquel@s que se aventuram a responder falam muito na sala de estar, onde podem ouvir sua música, ver sua novela, juntar uzamigo prum filme ou pro futebol; a sala de jantar, onde pode-se reunir a família e os amigos praquele almoço aos domingos; a cozinha, pra quem curte mostrar seus talentos (tenho inveja de quem sabe fazer uma soja legal); seu quarto, seu ambiente mais íntimo, de relaxamento após um dia estressante... Um lugar que eu nunca, jamais vi ser citado é a área de serviço. Nem parece que ela é p...

Sobre tecnologias e apetrechos... parte 2

Segundo - e talvez último - capítulo sobre minha saga com o aparelho Samsung Galaxy S3: Como sabemos, deixei meu smartphone na autorizada da Samsung para o devido reparo. Levaram três dias para me dizer o problema e dar o orçamento - ainda assim, porque EU liguei, não por retorno deles: tratava-se da queima do cristal da tela - e a Samsung não vendia apenas o cristal, mas o conjunto inteiro de tela (chamado por eles de "octa"). Como minha tela estava rachada, aceitei. Orçamento de trezentas dilmas. Eis que quatro dias depois, me ligam. Pensei logo "puxa, o celular está pronto, que bom". QUE NADA! A notícia é que o tal "octa" chegou, mas eles não fizeram nada em meu celular. O porquê: trata-se de um aparelho IMPORTADO, e o "octa" brasileiro supostamente não cabe nele, e eles não trabalham com peças importadas. Pausa para respiração. O pessoal da assistência sabia que se tratava de um aparelho importado de antemão, então, eles poderiam ter dito qu...

Sobre tecnologias e apetrechos...

Eu, um dia, me julguei um cabra analógico. Meus primos mangam de mim por ser sempre o último a "entrar na onda" (se bem que eu provavelmente fui o primeiro da família a ter um Facebook - apenas o último a utilizá-lo de fato). Eu reconheço que possuo certa resistência a novidades e um saudosismo meio irracional (só isso deve explicar eu amar vinis e ainda possuir VHS's). Mas uma outra ponta da minha personalidade talvez seja mais perigosa: eu sou um cabra aditivo - uma vez que eu estou "dentro" de algo, muito provavelmente eu esquecerei o mundo e não pensarei em mais nada. Viciado, mesmo. Ao longo da minha vida, posso imaginar várias coisas que me desligavam da realidade em níveis perigosos: videogames, dominó, jogos de cartas, canetas coloridas, fliperamas (eu quase me endividei com isso antes mesmo dos dezoito anos), comida, MSN, Orkut, Facebook, Whatsapp. Juntando estes parágrafos em um único caso: eu nunca fui alguém de ligar para celular. Nunca gostei nem de...

Pegando fogo...

Tive um sonho estranhíssimo, esta noite. Começou legal: eu finalmente tinha minha própria casa - feliz, feliz.Só não consegui me identificar ONDE se localizava. Estava eu a arrumar os móveis - com a ajuda de meu irmão(??!), quando aparece um Gurgel na "minha" porta a buzinar. Dentro, estava a minha vizinha real (que eu sequer sei o nome, coitada), me perguntando algo que não lembro. A respondi normalmente, quando olho para o lado, e vejo um cão completamente maltratado, bichinho. Pêlos enormes, cheios de nós, expressão derrotada, se deitou no meio da pista, como que desistindo. Na hora, deixei a moça e o Gurgel dela e fui até o cãozinho no cruzamento. E me aparecem dois cabras mal-encarados, a jogar um líquido no bichinho. Já estava indignado pela brincadeira sem graça, mas a indignação virou outra coisa quando percebi que o líquido era ÁLCOOL, e um deles havia acendido um isqueiro. Peguei uma pedra no chão e joguei na cabeça do rapaz com o isqueiro, e me atraquei com ele. Ma...
Eu não sei, exatamente, em que ponto da estrada foi que eu me perdi de mim. O que eu sei é que eu não consigo, mais, me encontrar. E será que vale a pena o esforço? Eu não lembro de alguma vez ter realmente gostado de qualquer versão do ser que eu fui - incluindo a atual - e já perdi a esperança na vida, mesmo... A grande questão talvez seja "o que fazer", então, já que tudo o que parece ter restado foi esperar o fim, mas este fim parece que não chegará tão cedo. Passei muito tempo me negligenciando para fazer outr@s felizes. Não deu certo. Resolvi focar em mim. Os resultados foram ainda piores. Tentei seguir as regras do "Cotidiano do Cidadão Comum", e essa parece ter sido a pá de cal sobre meu ID, meu Ego e meu Superego - não sou feliz nesta vida e não consigo enxergar outra forma. Me acostumei a dar com a cara nas portas que me interessam e bater, bater, bater... Eu não quero, mais, bater. Queria que, ao menos uma vez, me atendessem de bom grado, me deixassem ent...
Não é engraçado apontar alguém como uma pessoa reprimida e sem personalidade e, na primeira demonstração da existência de personalidade, você mesm@ corta o clima da criatura, interrompendo e recriminando? Ah, contra-senso e ironia... you're such a bitch!... Alguém deveria nos ensinar que o desinteresse expresso são as maiores formas de castração de uma pessoa.