CARTAS PARA JULIETA
LETTERS TO JULIET

(Estados Unidos, 2010)

Terça-feira fui ver este filme bonitinho sem muitas pretensões que não as de me divertir por um tempinho e relaxar a cabeça dos problemas. Por incrível que pareça, encontrei mais.
O filme é uma baba só: uma menina (Amanda Seyfried, ótima, como sempre) viaja com o noivo (Gael Garcia Bernal, atuação irreconhecível de tão ruim) para Verona. Mas logo o panaca deixa a menina sozinha, mais entretido com atividades profissionais que com a semi-lua-de-mel propriamente dita. É aí que a menina descobre a Casa de Julieta (sim, AQUELA Julieta), com um muro onde muitas pessoas deixam recados à espera de uma ajuda amorosa (seja qual for este amor).
Ao encontrar uma carta de mais de 50 anos, ela responde. E o inesperado acontece: a senhora que escreveu a carta (Vanessa Redgrave, meio irregular) corre para a Itália atrás do amor perdido, e ambas seguem buscando o moço.
Pois bem, o ponto de partida é interessante, e a estória se desenvolve bem - até lacrimejei no final do filme. Em alguns momentos, Claire, a personagem de Vanessa Redgrave, soltou estas pérolas que me fizeram refletir:

"A vida são os momentos caóticos."

Quantos de nós não planejamos nossas vidas e esperamos que tudo saia do jeitinho que imaginamos? Eu mesmo possuía tantos planos... inevitavelmente, poucos saíram da prancheta mental. Mas aqueles que o conseguem não raro falam do quão vazios se sentem - esse é o fato. A gente vive da bagunça, mesmo. São os momentos "bagaceira" que se tornam as histórias que contamos àqueles que vêm depois de nós - ou escrevemos em nossos blogs, ou comentamos no twitter.

"E e SE são palavras tão inofensivas quanto quaisquer outras; mas junte-as" - E SE - e elas terão o poder de te assombrar por todo o sempre."

Essas palavras saíram da boca de Claire, mas não são dela. São de Sophie (mais uma Sophie no currículo de Amanda Seyfried - a outra foi a descerebrada de MAMMA MIA!), em sua carta de resposta.
Vejo muitas pessoas se atormenetarem por conta de E SE... eu, mesmo, sou uma delas. E SE EU TIVESSE FEITO ISSO?... E SE EU NÃO TIVESSE FEITO AQUILO?...
Eu, particularmente, não me atenho a esses momentos. Sou bastante indeciso - peso, meço e reflito muito antes de tomar qualquer decisão. Mas invisto naquilo que decido para minha vida, após a decisão tomada, e não sou de me arrepender delas.
Passamos por perrengues nas nossas vidas, mas ao menos, sabemos que VIVEMOS. A vida é assim, mesmo, creio eu. A gente erra, se esborracha no chão, se recolhe pra lamber as feridas e aprender com o acontecido e segue em frente pra fazer a mesma burrada de novo - ou não. Mas ao menos nos arriscamos e descobrimos o que acontece, deixando para trás a necessidade do martírio do E SE... ao menos, assim eu tento viver - não é algo 100%, mas é o que eu julgo melhor. ^^
E vocês? Viram o filme? Refletiram algo, ou foi tudo bobeira minha? Contem aí, gente!!!
E então, Julieta? Que devo fazer?

Comentários

  1. Tom, não assistí ao filme...a vida é feita de escolhas e isto move o mundo, move a vida...não temos bola de cristal para sabermos o futuro...então acho que o melhor eh relaxar!


    grande abraço!

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