Caciques
Oi, pessoal!
Como estão todos? Espero que bem.
No momento, estou no ônibus, "nesta noite escura que nem breu" (MAGNÓLIA REJANE, 2008), fazendo o trajeto Recife-Maceió - sim, estou voltando pro meu "aconchego", trazendo na mochila bastante "saudade", querendo um sorriso sincero, um abraço pra aliviar meu cansaço, e enfim... - pra passar o fim-de-semana recuperando as energias para a próxima rodada do Mestrado que ainda não faço oficialmente.
O que se faz numa viagem interestadual de ônibus? Geralmente, eu DURMO. Durmo e sinto fome quando o moço do lanche sobe no buses com sua enorme variedade de DOIS sanduíches e UMA coxinha e batata Ruffles e coca, guaraná ou água... que não como por desconfiança e por puro cuidado com meu corpitchão (maldita dieta!)...
Mas não é para falar de meus problmas com a balança, o espelho, com o vaso sanitário e adjacências que estou aqui. Estou aqui, neste momento, pra soltar mais um pouco da minha filosofia de banheiro que sempre permeou este singelo blog.
Em dado momento, minha grande amiga Magnólia me contou sobre uma viagem que fez com sua filha a sítio onde fica a tribo Paui Paka (espero ter escrito certo...), e seus relatos me trouxeram a seguinte reflexão:
Os índios possuem um estilo de vida que, definitivamente, passa longe do capitalismo e é tudo o que o comunismo prega ser (mas não é): um estilo de vida comunitário, onde todos são iguais a todos - embora cada um tenha a sua função bem definida, como uma colméia. Mas como mesmo um grupo de iguais precisa de alguém que fale por todos na hora de defender os interesses grupais, existem ali as figuras do pajé - o curandeiro e líder religioso, e a do cacique, que é a figura na qual me cntrarei, como o título do post já deve ter avisado a vocês.
Os caciques são os "líderes" da tribo. Não sei se são escolhidos primariamente pela tribo por questões democráticas (por alguma razão, eu duvido disso), mas o interessante é que ele abdica ali de seus interesses e passa, mais do que qualquer outro na tribo, a representar o seu povo, a defender as reinvidicações do seu povo.
Já pararam para pensar em como deve ser difícil ser um "autêntico indígena" no Brasil, nos dias de hoje? Em especial no nosso nordeste coronelista, onde muitos são capazes de tudo - tudo MESMO - para "se dar bem na vida"? Neste país onde muitos líderes comunitários são ameaçados, mortos, têm suas vidas destroçadas ou (para mim, o pior) são até publicamente humilhados por ir até onde for necessário para conseguir uma vida digna para seu povo, a vida de um cacique é, no mínimo, perigosa e difícil, especialmente se não se está preparado para garantir os direitos de seu povo, nem tem os meios (FUNAI? O que é FUNAI?).
Pois bem,. gente... estas terras tupiniquins já eram dos índios muito tempo antes de qualquer outro ser humano chegar aqui. por que, então, negamos a eles o direito de uma existência digna e ligada aos seus próprios valores?
Já pensaram que um cacique é tudo o que os nossos políticos partidários NÃO SÃO? E não falo apenas de Brasília, crianças... Pensem nisso com carinho...
Bem, nada mais a dizer, deixa eu ir, então... até Maceió, galera! 20h00, eu chego!
ps: Agradeço à minha amiga Magnólia Rejane (a própria citada mais acima) pelas agradáveis horas de viagem e pela conversa que está rendendo este post escrito dentro de um ônibus via celular. Grande beijo!
Como estão todos? Espero que bem.
No momento, estou no ônibus, "nesta noite escura que nem breu" (MAGNÓLIA REJANE, 2008), fazendo o trajeto Recife-Maceió - sim, estou voltando pro meu "aconchego", trazendo na mochila bastante "saudade", querendo um sorriso sincero, um abraço pra aliviar meu cansaço, e enfim... - pra passar o fim-de-semana recuperando as energias para a próxima rodada do Mestrado que ainda não faço oficialmente.
O que se faz numa viagem interestadual de ônibus? Geralmente, eu DURMO. Durmo e sinto fome quando o moço do lanche sobe no buses com sua enorme variedade de DOIS sanduíches e UMA coxinha e batata Ruffles e coca, guaraná ou água... que não como por desconfiança e por puro cuidado com meu corpitchão (maldita dieta!)...
Mas não é para falar de meus problmas com a balança, o espelho, com o vaso sanitário e adjacências que estou aqui. Estou aqui, neste momento, pra soltar mais um pouco da minha filosofia de banheiro que sempre permeou este singelo blog.
Em dado momento, minha grande amiga Magnólia me contou sobre uma viagem que fez com sua filha a sítio onde fica a tribo Paui Paka (espero ter escrito certo...), e seus relatos me trouxeram a seguinte reflexão:
Os índios possuem um estilo de vida que, definitivamente, passa longe do capitalismo e é tudo o que o comunismo prega ser (mas não é): um estilo de vida comunitário, onde todos são iguais a todos - embora cada um tenha a sua função bem definida, como uma colméia. Mas como mesmo um grupo de iguais precisa de alguém que fale por todos na hora de defender os interesses grupais, existem ali as figuras do pajé - o curandeiro e líder religioso, e a do cacique, que é a figura na qual me cntrarei, como o título do post já deve ter avisado a vocês.
Os caciques são os "líderes" da tribo. Não sei se são escolhidos primariamente pela tribo por questões democráticas (por alguma razão, eu duvido disso), mas o interessante é que ele abdica ali de seus interesses e passa, mais do que qualquer outro na tribo, a representar o seu povo, a defender as reinvidicações do seu povo.
Já pararam para pensar em como deve ser difícil ser um "autêntico indígena" no Brasil, nos dias de hoje? Em especial no nosso nordeste coronelista, onde muitos são capazes de tudo - tudo MESMO - para "se dar bem na vida"? Neste país onde muitos líderes comunitários são ameaçados, mortos, têm suas vidas destroçadas ou (para mim, o pior) são até publicamente humilhados por ir até onde for necessário para conseguir uma vida digna para seu povo, a vida de um cacique é, no mínimo, perigosa e difícil, especialmente se não se está preparado para garantir os direitos de seu povo, nem tem os meios (FUNAI? O que é FUNAI?).
Pois bem,. gente... estas terras tupiniquins já eram dos índios muito tempo antes de qualquer outro ser humano chegar aqui. por que, então, negamos a eles o direito de uma existência digna e ligada aos seus próprios valores?
Já pensaram que um cacique é tudo o que os nossos políticos partidários NÃO SÃO? E não falo apenas de Brasília, crianças... Pensem nisso com carinho...
Bem, nada mais a dizer, deixa eu ir, então... até Maceió, galera! 20h00, eu chego!
ps: Agradeço à minha amiga Magnólia Rejane (a própria citada mais acima) pelas agradáveis horas de viagem e pela conversa que está rendendo este post escrito dentro de um ônibus via celular. Grande beijo!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNao conheco a realidade indigena a fundo, mas falando em desfarocedidos posso levantar o exemplo dos religiosos de matriz africana. De pessoas que abdicam sua individualidade pra defender uma cultura, uma crenca, formando verdadeiros quilombos urbanos. E como e dificil ser diferente de verdade no mundo dos iguais!(os erros sao culpa dos micros da ufal)
ResponderExcluirCara, um post desse tamnaho via celular... Não sei se teria essa paciência...
ResponderExcluirputz...
ResponderExcluirsem comentarios neh
tinham q fazer com amae desse guillermo