Sobre uma velha estação de trem...
Existe aquela estação ali, perdida, no meio do nada. Existe simplesmente por estar no caminho, no cruzamento de várias linhas.
Os passageiros dos trens por lá passam. Alguns nela desembarcam e passam algum tempo. Apreciam a paisagem, lêem em sua biblioteca, apreciam suas obras de arte, ouvem os sons do ambiente. Os mais atentos aprendem novas coisas que podem levar para suas vidas. Tudo isso enquanto esperam (im)pacientemente pelos novos trens que os levarão aos seus reais destinos.
Os funcionários da estação, por vezes, se revoltam. Se a estação é tão bela e aprazível como muitos dizem ser, por que ela está no meio do nada? Por que ninguém ali pára? Afinal, qual a função dela?
às vezes, pensam em se rebelar, deflagrar uma greve, exigir tornar a bela estação "algo mais". Mas sempre caem em si e percebem o quanto isso seria inútil. Tal atitude apenas acarretaria em forçar aqueles que ali desembarcam a passar a fazer suas paradas em alguma outra estação mais para a frente.
Neste mundo de grandes distâncias, são poucas as pessoas que possuem o privilégio de se ver tão perto de seus destinos a ponto de necessitar de apenas uma viagem (ou nem mesmo precisar fazê-la). Muitas precisam embarcar em mais de um ônibus; talvez pegar um outro trem; ou até um avião ou uma balsa. Há inclusive as pessoas desafortunadas que, não importa quantas viagens façam, parecem jamais chegar ao seu real destino, e estão tão perdidas que nem sabem qual direção tomar. Mas, por alguma razão, aquela estação está ali, naquele belo local ermo, como local contemplativo. Qual a razão, então, de ninguém pensar em naquele lugar fazer a sua morada? O que naquela estação impede uma pessoa de nela encontrar o fim da sua jornada?
Sem tais respostas, resta à estação lá ficar, quieta, apenas ela e seus funcionários, à espera do dia em que ela própria vá se tornar um destino, ao invés de uma parada.
Os passageiros dos trens por lá passam. Alguns nela desembarcam e passam algum tempo. Apreciam a paisagem, lêem em sua biblioteca, apreciam suas obras de arte, ouvem os sons do ambiente. Os mais atentos aprendem novas coisas que podem levar para suas vidas. Tudo isso enquanto esperam (im)pacientemente pelos novos trens que os levarão aos seus reais destinos.
Os funcionários da estação, por vezes, se revoltam. Se a estação é tão bela e aprazível como muitos dizem ser, por que ela está no meio do nada? Por que ninguém ali pára? Afinal, qual a função dela?
às vezes, pensam em se rebelar, deflagrar uma greve, exigir tornar a bela estação "algo mais". Mas sempre caem em si e percebem o quanto isso seria inútil. Tal atitude apenas acarretaria em forçar aqueles que ali desembarcam a passar a fazer suas paradas em alguma outra estação mais para a frente.
Neste mundo de grandes distâncias, são poucas as pessoas que possuem o privilégio de se ver tão perto de seus destinos a ponto de necessitar de apenas uma viagem (ou nem mesmo precisar fazê-la). Muitas precisam embarcar em mais de um ônibus; talvez pegar um outro trem; ou até um avião ou uma balsa. Há inclusive as pessoas desafortunadas que, não importa quantas viagens façam, parecem jamais chegar ao seu real destino, e estão tão perdidas que nem sabem qual direção tomar. Mas, por alguma razão, aquela estação está ali, naquele belo local ermo, como local contemplativo. Qual a razão, então, de ninguém pensar em naquele lugar fazer a sua morada? O que naquela estação impede uma pessoa de nela encontrar o fim da sua jornada?
Sem tais respostas, resta à estação lá ficar, quieta, apenas ela e seus funcionários, à espera do dia em que ela própria vá se tornar um destino, ao invés de uma parada.
Bonito texto!
ResponderExcluirSe for morada perde o encanto se for passagem... vira lembrança boa!
beijos