Sobre presentes de casamento...

Ontem à noite, fui a um casamento. Filha de um grande amigo do meu velho - tanto que o chamou pra ser padrinho. Mas como ele se treme todinho (coisa de velho), preferiu nem passar pelo caminho ao altar e se intitulou "padrinho do coração" (aham...).
Como o velho não é nada dado a fazer compras nem pra ele, me botou pra ir comprar o presente no lugar dele. OK, olhemos as listas... fiquei impressionado com a especificidade das coisas que ela queria - modelos e marcar bastante específicos, só faltava ter o preço na lista, também. Mais impressionado ainda fiquei ao ver que a lista ia além de utensílios e eletrodomésticos básicos. Ela chegou às raias de pedir móveis e até câmera fotográfica, home theater (que foi o que meu velho deu - afinal, ele é um "padrinho do coração"...) e "doações para a lua-de-mel". Existe isso? Pois é, existe.
Uma graça é meu velho - se fosse outra pessoa, ele teria esculhambado até a quinta geração, mas como é a filha de um grande amigo, ele ficou pisando em ovos e tentando dar razão aos nubentes (dois pesos, duas medidas). Mas como eu sou imparcial nesse tipo de questão e aponto, mesmo (eu não presto, vocês já devem saber disso), soltei o verbo - em casa, porque fui impedido de falar sobre o assunto na festa, ontem (verdade seja dita, né?).
É comum que se presenteie um casal em seu casamento. É de bom tom, também, uma vez que, embora "quem casa, quer casa", são poucos aqueles que realmente têm cacife pra conseguir uma casa completamente mobiliada e aparelhada de cara. Mas ainda assim, uma certa dose de bom senso se faz extremamente necessária.
Meu velho chegou a citar Eike Batista pra alegar que "existem padrinhos que dão um apartamento pros noivos". Certo, ótimo pros noivos. Mas sejamos francos: quem, aqui, conhece Eike Batista e o convidou pra ser padrinho do seu casamento? Podem levantar a mão!
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(foi o que eu pensei)
Bem, é certo que padrinhos devem, realmente, dar presentes que se considerem "melhores" (leiam MAIS CAROS), podendo até ser um móvel ou um home theater (como foi o caso), mas tal tipo de presente implicaria em uma conversa franca e a sós com os noivos. Deixar isso estipulado na lista de presentes (que é listada a todos os convidados, sem distinção) é de puro mau gosto.
Em uma conversa com uma amiga casada, ela me explicou que o MÁXIMO que se deve por é, mesmo, em eletrodomésticos para cozinha - no tamanho (e preço) máximo, uma geladeira e um freezer (e, ainda assim, deve-se pensar bastante antes de pô-los). Faz sentido. Ainda posso pensar em não estipular a marca e o modelo com tanta exatidão. Apenas a cor já bastaria.
Algumas lojas de bric-a-brac e de prataria, hoje em dia, seguem com modelos pré-determinados porque os noivos escolhem o que querem e catalogam ali, na hora. Mas magazines e lojas de eletros não o fazem (será que é aqui que se iniciará a onda?)
Depois dessa, vou pensar bem se me chamarem pra padrinho de casamento... Pelo visto, ser padrinho de criança sai bem mais barato em curto prazo.
E quanto a vocês? Já foram padrinhos? Estão pensando em suas listas de casamento? Dividam seus pensamentos aí, nos comentários! ;-)

Comentários

  1. sou padrinho de uma guria... q jah me dá trabalho com os presentes q ela pede... onde eu digo leendamente q to quebrado haushasuhsa

    mas me chamou atenção pra algo... VOU ME CASAR VÁRIAS VEZES hasuhasuahs e pedirei N presentes ><

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  2. Eu realmente penso que em casamento as pessoas abusam, pedindo coisas extremamente caras como se o casamento desse direito à isso. Até onde eu saiba presente tem que ser dado de coração. Muitos não compram um home theater nem pra si mesmos porque é preciso fazer um orçamento e tal por causa do preço e tem que comprar pros noivinhos? Isso é coisa que se deve conquistar com o tempo, o casal mesmo... Sei lá, eu me sentiria mal se me casasse e exigisse mundos e fundos para os amigos pra ter minha casinha (ricamente) mobiliada.

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  3. Home Theater como presente de casamento?
    Quem não queria ter seu velho como "padrinho de coração"? rsrsrs
    E continuemos nos casando! rsss

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  4. Kkkkkkkkkkkkkk
    Xelito e eu fomos convidados recentemente para padrinhos de casamento de um amigo nosso. Ainda não vi a lista de presente dos noivos e nem sei ao certo se eles têm, pois o casamento será em Recife. Saberei este final de semana que estarei indo para lá. Na volta passo aqui e conto pra você o que tinha na lista.
    Agora, eu quando me casei não fiz lista nenhuma. As pessoas ficaram livres para nos presentear com o que quisessem, inclusive os padrinhos (que foram apenas 6 casais).
    Beijos.

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  5. casar assim fica muito fácil né? rs ...

    querido, pelo Ares vc consegue baixar a música do Cacaso ...

    ;-)

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  6. Fala Tom, vi seu comentário no blog do DO e vim aqui avisar q voltei com meu blog...
    Eu e minha mãe sempre entramos em atrito, pq muitas vezes ela dá aos noivos coisas q nós nem temos em casa, acho absurdo!!!
    Eu concordo em fazer lista, facilita a vida dos convidados, pra não dar coisas repetidas e tal... Lembro qdo minha irmã se casou há 20 anos atrás e q ganhou várias coisas repetidas, panela de pressão então, ganhou umas 5!!!
    Mas os noivos têm q ter semancol no q vão pedir mesmo e falar em particular com os padrinhos...
    Fala pro seu pai q estou precisando de um home theater e q ele é meu padrinho de coração!!! huahuahuahua
    Não conheço o Eike Batista, mas olha q eu até teria a cara de pau de convidá-lo pra padrinho!!! huahuahuauha
    Abração!!!

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  7. meu afilhado de 4 anos queria um violão de presente... pra quê? pra quebrar na cabeça da irmã?

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  8. Ah, eu concordo que a galera anda exagerando nas listas de casamento. Acho meio estranho dar aquela mega-festa de casamento e pedir coisas mais essenciais para a casa. Como assim gastar R$ 10, 15, 20 mil num casamento e pedir geladeira na lista? Acho incoerente. Em relação aos batizados de crianças, onde nasci a escolha é dada muito mais pela renda do futuro padrinho do que pelo que deveria ser a real intenção (a de escolher alguém caso os pais fiquem incapazes de criar a criança). Já fui convidado a batizar crianças cujos pais nem conhecia! E, claro, neguei. Minha vó, cheia das tradições, me "repreendeu" quando neguei. Até porque, segundo ela, quem nega um, tem de negar sete! Isso não foi problema rs. Ah, o doce choque de gerações!

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  9. ah
    isso tem se tornado uma prática tão comum...
    e tb acho de mto mal gosto.

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