Le Bleu Garçon
Eu me pergunto muito quando foi que me tornei tão não-amável (ou sera que nunca fui amável algum dia). Eu poderia passar o resto do dia, da semana, do mês, choramingando a ladainha do “ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de fechecler” (Magda Salão), mas decidi, desta vez, analisar o que faz de mim alguém que parece ser tão impossível de ser amado assim. Já tive alguns relacionamentos na vida... já fui usado, já fui trocado (a segunda, sempre em conseqüência da primeira), já fui traído (e sou homem o bastante pra reconhecer isso), já fui agente traidor (sem saber – voltamos ao “já fui usado”). “Ah, vai dizer que você nunca usou ninguém?” Estou dizendo aqui, categoricamente, que nunca usei ninguém, sim. Talvez seja “caretice” minha, mas minha mãe me ensinou que devemos fazer com os outros aquilo que nós desejamos que nos façam – e dar aquilo que eles desejam receber e podemos dar, e depender do comportamento alheio. Creio ter aprendido isso bem, eu não gosto de ser usado, p